“Acho ótimo que as pessoas não me olhem com vontade de me levar para a cama” diz Carmo Dalla Vecchia

Carmo Dalla Vecchia grava cenas de "A Cura" em Diamantina (junho/2010)

Acostumado a receber elogios por onde passa, o ator Carmo Dalla Vecchia, de 40 anos, agora é chamado de esquisito até por quem cuida dele. Esses dias, foi surpreendido por sua própria empregada, que lhe disse: “Seu Carmo, o senhor está muito feio”. O visual desleixado, com barba grande, cabelo desgrenhado e unhas enormes é culpa de Silvério, seu personagem em “A Cura”. Com exceção das unhas -que segundo o ator atrapalham no dia a dia-, Carmo está gostando do resultado de sua transformação. “É um grande alívio não precisar estar sempre bonito. Acho ótimo que as pessoas não me olhem com vontade de me levar para a cama”, avisa Carmo.

A mudança radical fez com que Carmo não fosse reconhecido por muita gente antes da estreia do seriado, na Globo. “Uma vez, em São Paulo, me confundiram com um mendigo”, diverte-se. O ator também emagreceu bastante para o personagem. Ricardo Waddington, que dirige “A Cura”, pediu para que Carmo perdesse uns quilinhos. Mas o ator exagerou e eliminou nada menos do que 17 quilos. “Saí de 96 quilos para 78. Fiz uma dieta rigorosa, mas tive acompanhamento de um nutricionista, um clínico geral e um personal trainer. Queria ficar com a aparência de um gafanhoto e acho que consegui”, compara.

Mesmo feliz com a repercussão de seu personagem em “A Cura”, o manequim 40 é a única coisa que Carmo pretende manter depois que as gravações do seriado terminar. “Estou me curtindo magrinho, mas adoro brigadeiro e não sei se vou conseguir manter esse peso”, prevê.

O cuidado em manter um visual excêntrico não é a única preocupação de Carmo. Por conta das maldades de Silvério, o ator reza diariamente. “Sou budista há 12 anos e sempre oro porque eu acho que não há como sair incólume de uma história como essa”, lembra. Para caprichar nas maldades, o ator se inspirou em Leôncio, personagem de “A Escrava Isaura” (1976). “Leôncio foi a minha referência. Silvério é um cara que não tem prazer no sexo ou no comer. Ele só tem prazer com a violência”, observa.

Por conta das atrocidades cometidas por Silvério, Carmo já perdeu as contas de quantos pesadelos teve: “Sonhei várias vezes que matava pessoas depois que gravava as cenas. Era sequências que mostravam uma crueldade atroz e isso perturbava o meu sono”. Das gravações em Diamantina, em Minas Gerais, Carmo tem outra recordação: a dos carrapatos. O ator foi picado por carrapatos e ficou com a perna cheia de feridas. “Começou com uma coceirinha. Quando fui olhar, tinha um carrapato grudado na minha perna. Abriram umas feridas, mas não foi difícil de tratar”, minimiza.

UOL Celebridades

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