Fábio TV – “Uma Rosa com Amor”: Pontos positivos e negativos

Olá, internautas

“Uma Rosa com Amor” chegou ao último capítulo nesta segunda-feira (16/08). A trama de Vicente Sesso, adaptada por Tiago Santiago, não explodiu nos índices de audiência. A meta dos dois dígitos ficou longe de ser alcançada. Mais uma vez repito: o SBT não tem a produção de telenovelas em seu DNA.

Diante do tremendo fracasso de “Vende-se um Véu de Noiva”, “Uma Rosa com Amor” mostrou alguma evolução na teledramaturgia do canal. A novela passou um ar agradável para o telespectador. A história começou com um ritmo bem devagar e as ações não se desenvolviam. Depois com o corte abrupto da novela (cerca de 70 capítulos), Tiago acelerou o andamento. O autor conseguiu conduzir a história principal, mas as histórias paralelas ficaram “sem pé nem cabeça” diante do acontecido. De uma hora para outra, a “batateira” Catarina virou sequestradora e assassina. O advogado Freitas, namorado de Ninica, tinha um relacionamento homoafetivo de 10 anos com um companheiro que apareceu de para quedas na história. Esses núcleos poderiam ter sido desenvolvidos sem a “decapitação”.

A marca do Tiago Santiago apareceu mesmo em uma adaptação. Cenas de ação, tiroteios e perseguições policiais marcaram a última fase de “Uma Rosa com Amor”, sem a mesma estrutura da Rede Record. Outra identidade de Santiago surgiu no núcleo infantil com Joãozinho e Miriam. As crianças viam espíritos (e até um anão fantasma!).

Confira o balanço final de “Uma Rosa com Amor”:

Pontos positivos

Claudio Lins (Claude): o ator superou o desafio de interpretar um personagem com sotaque francês. Claudio incorporou muito bem o papel de galã na história.

Carla Marins (Serafina Rosa): a atriz também conquistou um bom resultado na novela do SBT. O telespectador torceu pela mocinha da trama, desde o primeiro capítulo.

Jussara Freire (Pepa): a veterana atriz roubava a cena no cortiço. Provocou boas risadas quando contracenava com o fanho Afrânio.

Fábio Rhoden (Beto): o jovem ator aproveitou a oportunidade e conquistou um bom resultado.

História concentrada: a trama concentrada em poucas histórias permitiu a melhor familiaridade das personagens com o público. Ponto positivo.

Pontos negativos

Elenco jovem: o SBT abriu uma boa oportunidade para diversos atores e atrizes da nova geração. Muitos ficaram aquém das expectativas, como Felipe Lima (Milton), Sabrina Petraglia (Terezinha) e Marina Stacciarini (Raquel). Os três apareceram robóticos e pouco naturais na maioria das cenas.

Mônica Carvalho (Nara): a atriz, que já participou de outras novelas, não conseguiu desenvolver bem a vilã-mor Nara. Aqui, a inexperiência não é justificativa para o seu fraco desempenho.

Italianada: Tiago Santiago poderia ter “modernizado” a história com os atuais moradores dos cortiços que ainda restam no centro de São Paulo. Os migrantes nordestinos são, em sua grande maioria, os habitantes de tais ambientes. A italianada, que satura as telenovelas brasileiras, não é mais dominante nos cortiços há algum tempo.

Fabio Maksymczuk

UOL

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